JetLag: Thiago Mansur detalha 'aposta' em música eletrônica em português e celebra se tornar 'marido da Prioli'

JetLag: Thiago Mansur detalha 'aposta' em música eletrônica em português e celebra se tornar 'marido da Prioli'
O DJ Thiago Mansur, de 38 anos, deu os primeiros passos na vida artística como modelo, mas foi nos palcos que se encontrou. Hoje, o brasileiro é considerado um dos maiores nomes da música eletrônica do país, com participação em grandes eventos como Tomorrowland e Lollapalooza, ao lado de seu parceiro Paulo Velloso - juntos, formam a JetLag. Mas foi depois do nascimento de sua filha Ava Prioli Mansur, fruto de seu relacionamento com a advogada Gabriela Prioli, que o músico viu seu nome estampar as páginas de notícias sobre celebridades.

"A Jetlag tem dez anos e eu tenho quase 13 anos de carreira. Agora, depois da estreia da Gabi [Gabriela Prioli] na TV, muita gente de um outro público que não era o meu, que não era da música eletrônica, passou a me conhecer também. Mas isso não me incomoda em nada. Eu fico super feliz com essa definição, porque quer dizer que minha mulher se tornou tão relevante ao ponto de eu virar 'o marido da Gabi'", responde Thiago, ao ser perguntado sobre como lida por ser conhecido por alguns ser esposo da apresentadora.

"Isso pra mim é muito legal, eu tiro de letra. Tomara que isso aumente cada vez mais, porque se isso aumentar é sinônimo que ela está crescendo. Agora com a ida dela para a Globo a gente já vê mais um crescimento nesta dinâmica, e eu estou muito feliz. Continuo fazendo a minha música, atingindo um público nosso que ama música eletrônica e de quebra, ainda estou atingindo também um público que vem da Gabi, que passa a conhecer o meu trabalho por conta dela e também passa a admirar, a seguir e a consumir os meus conteúdos... Eu acho que sou fã número 1 da Gabi, sou muito feliz com a esposa que tenho e quero ver ela crescer e ficar mais conhecida. Isso não me incomoda de jeito nenhum", completa.

Foto: Reprodução/Instagram

Natural de Blumenau, em Santa Catarina, Salvador já virou uma "casa" para Mansur. Há seis anos ele desembarca na capital baiana para se apresentar no maior carnaval de rua do mundo. Neste ano, não foi diferente. "Foi lá para 2016 que tive o meu primeiro convite para o 'Camarote Salvador'. Como eles têm uma pista eletrônica, eles levam grandes nomes, desde David Guetta, Tiësto, Martin Garrix e vários outros grandes nomes da música eletrônica mundial. Desde que eu comecei a minha carreira e comecei a ter um pouco mais de relevância, já surgiu o convite e foi um match perfeito. É uma honra para mim estar mais esse ano lá", vibra o artista.

"Eu tenho uma grande honra em fazer parte desse time há um tempo. Tanto porque eu amo a Bahia e tenho grandes amigos na organização do Camarote Salvador e também grandes amigos que moram na Bahia. Para mim, é uma grande honra. Com certeza eu bebo muito na fonte dos artistas baianos, minha setlist vai estar repleta de referências de grandes artistas da Bahia. Não só no Carnaval, né, a Bahia está muito presente em referências e inspirações", garante.

Além das apresentações no espaço, Thiago conta que pode voltar à Bahia no primeiro semestre deste ano. Ademais, ainda não pode dar mais detalhes. "Esse ano eu não tenho mais shows (confirmados) em Salvador ou na Bahia, tenho em outros estados. Mas não tenho outro show na Bahia, o que me deixa muito triste, porque eu amo tocar na Bahia. Espero voltar em breve", diz.

O amor pelo estado não se limita apenas às festas noturnas. Thiago conta que, sempre que pode, explora outras atividades culturais e de lazer da Bahia. "Sempre que posso estou aí, não só a trabalho. Amo curtir, amo passear de barco, ir nos restaurantes, ir nos pontos turísticos. A Bahia é uma energia incomparável. Não sei se no Brasil tem um lugar com essa energia tão latente".

PATERNIDADE

Thiago é pai da pequena Ava Prioli, de um mês e meio de idade. A primogênita nasceu no dia 22 de dezembro, a poucos dias das festas de fim de ano, período movimentado para quem trabalha em eventos. Hoje, Mansur reconhece que é um desafio conciliar a rotina de shows com a vida de pai, mas conta que reserva os dias de folga para acompanhar de perto cada evolução da filha.

"A nossa rotina de shows é mais tensa de quinta a domingo. Geralmente sexta e sábado é muito disputado, nossa agenda é muito concorrida. Então, geralmente de segunda a quinta eu consigo ter uma rotina mais normal, estar perto dela, acompanhando cada evoluçãozinha nesse comecinho, porque ela tem um mês e meio. É apaixonante, eu quero ao máximo possível acompanhar cada detalhe da evolução dela e do crescimento dela. Agora que é novidade esse primeiro mês, parece que a gente fica abduzido, quer olhar cada detalhe e participar de cada evolução. O que mais pega é a logística dos shows, eu gosto de estar no palco, mas o que cansa mesmo é a logística de estradas, de aeroporto... Tudo isso desgasta muito, então está sendo um grande desafio eu poder trabalhar e fazer o possível para voltar o quanto antes para casa para estar ao lado dela. É um desafio que vai se prolongar pelos próximos anos, mas eu tenho certeza que a gente vai se adaptando para fazer acontecer".

REFERÊNCIAS MUSICAIS

Muitos artistas brasileiros investem no sucesso nacional projetando o internacional. Com a Jetlag foi diferente. A dupla de DJs iniciou a carreira fora do país, onde conseguiu se consolidar na música eletrônica e, posteriormente, voltou ao Brasil para fazer carreira nacional.

Buscando fazer a diferença e se destacar no mercado, Thiago e Paulo lançaram músicas com vocais em português, algo que não era tão comum na época, pois, no Brasil, a música eletrônica costuma ser majoritariamente composta por vocais de línguas estrangeiras.

"Os nossos maiores hits são com vocais em português. Eu me orgulho muito disso, foram escolhas muito acertadas. A gente chegou a fazer muito sucesso fora do Brasil, antes de se tornar conhecido no Brasil com músicas com vocais em inglês, e quando voltamos pro nosso país, a gente falou: 'Por que não enaltecer a nossa cultura?' Aí veio a ideia das músicas eletrônicas com vocais em português (...). Fico muito feliz porque a gente conseguiu. Quando falávamos em música eletrônica no Brasil, a gente pensava muito em David Guetta, pensava em Calvin Harris, pensava muito nos grandes DJs com vocais em inglês, aí depois do JetLag essa dinâmica começou também a tomar uma outra direção", afirma.

Apesar dos sucessos e da popularização do estilo, Thiago acredita que ainda há a necessidade de mais músicos colocando artistas brasileiros nas canções eletrônicas. "Eu acho que falta, sempre falta mais. Estamos no Brasil e quanto mais músicas brasileiras, músicas com roupagens eletrônicas, nunca vai ser demais. Eu acredito que por mais que a gente tenha um movimento que cresceu demais, e é acho que é muito legal ver isso acontecendo, eu ainda acho que tem muito espaço pra gente crescer ainda mais e colocar nossa cultura cada vez mais em evidência", conclui.

Ouça sucessos da Jetlag:

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