Taylor Hawkins estava cansado e pediu para diminuir número de shows, diz revista

Taylor Hawkins estava cansado e pediu para diminuir número de shows, diz revista
Amigos do baterista do Foo Fighters, que morreu em março, afirmam à 'Rolling Stone' que ele estava preocupado com ritmo de apresentações e conversou com Dave Grohl a respeito. Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, durante show da banda em SP em 2018

Fábio Tito/G1

Taylor Hawkins estava cansado e preocupado com o ritmo de shows da turnê mais recente do Foo Fighters nos meses antes de sua morte, em 25 de março, de acordo com a "Rolling Stone".

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (16), a revista especializada afirma que conversou com cerca de 20 pessoas próximas ao americano.

Segundo elas, Hawkins tinha conversado com o vocalista e líder do grupo, Dave Grohl, a respeito de suas preocupações em relação à energia necessária para tocar por três horas em cada show aos 50 anos de idade. O Foo Fighters tinha quase 60 apresentações marcadas em 2022.

A causa da morte ainda não foi determinada, mas um relatório toxicológico encontrou a presença de dez tipos de substâncias no sangue do baterista, como antidepressivos e opioides.

"Ele teve uma conversa franca com Dave (Grohl) e, é, ele me contou que 'não podia mais fazer essa merda' — essas foram as palavras dele", dizo baterista do Pearl Jam. Amigo de longa data de Hawkins, ambos tocaram juntos em um projeto paralelo, Nighttime Boogie Association.

"Acho que eles chegaram a algum tipo de entendimento, mas me parece que a programação da turnê ficou ainda mais louca depois disso."

À Rolling Stone, um representante da banda nega que Hawkins tenha falado a respeito das preocupações. "Não, nunca houve uma 'conversa franca' — ou qualquer reunião do tipo sobre esse assunto — com Dave."

Outra amiga de muito tempo e antiga chefe do baterista, a cantora Sass Jordan afirma que ele "estava cansado de todo o negócio".

"O fato de que ele falou com o Dave e realmente contou a ele que não podia mais fazer isso foi libertador para ele", conta uma pessoa não identificada que era amiga de Hawkins, que diz que ele precisou de um ano para ter coragem para a conversa.