Rico Ayade encara 'O leãozinho' com olhar gay em EP em que canta Caetano Veloso

Rico Ayade encara 'O leãozinho' com olhar gay em EP em que canta Caetano Veloso

Consta que Caetano teria não somente ouvido e aprovado a versão – lançada em single em setembro de 2016, seis anos após o registro da música – mas também dado aval para que, se quisesse, Ayade gravasse outras músicas do cancioneiro do compositor.

É com esse antecedente favorável que o cantor e compositor – baiano nascido em Vitória da Conquista (BA), mas residente na cidade do Rio de Janeiro (RJ) – lança na sexta-feira, 6 de agosto, véspera do 79ª aniversário do compositor, o EP Tropicaê – Rico canta Caetano com capa que expõe o artista em foto de Marvin França.

Capa do EP 'Tropicaê – Rico canta Caetano'

Marvin França

Com arranjos e produção musical de João Gabriel, Rico Ayade dá voz a Coração vagabundo (1967), Um índio (1976), Cajuína (1979) e O leãozinho (1977), composição encarada pelo cantor com olhar gay, sobretudo no clipe de aura intencionalmente homoerótica.

“Ao ser abordada com olhar gay, num país homofóbico como o Brasil, O leãozinho acaba por ganhar força política importante na representatividade da comunidade LGBTQIA+ da qual orgulhosamente faço parte”, milita Rico.

Com cinco álbuns na discografia (sendo um gravado ao vivo), Rico Ayade tem no currículo a atuação em Tropicalistas – O musical (2016), espetáculo do teatro carioca em que personificou o próprio Caetano Veloso no palco.