Ritchie chega aos 72 anos ainda associado ao alto voo tecnopop da década de 1980

Ritchie chega aos 72 anos ainda associado ao alto voo tecnopop da década de 1980

Nascido Richard David Court em 6 de março de 1952, em Londres, capital da Inglaterra, o cantor, compositor e músico Ritchie chega hoje aos 72 anos ainda associado ao alto voo tecnopop da década de 1980.

Em que pese a origem britânica, manifestada no recente álbum Wild world – The songs of Cat Stevens (2019), gravado pelo cantor com o grupo Black Tie, Ritchie vive no Brasil desde os anos 1970 e é nome importante na história do pop nacional. Nem tanto pela formação da banda Scaladácida em 1972 ou pela presença em grupos como Soma e Vímana, mas pela atuação marcante na década de 1980 com discos pautados pelo synth pop da década.

Alçado instantaneamente ao posto de popstar nacional com a edição do single Menina veneno em fevereiro de 1983. Parceria de Ritchie com o letrista Bernardo Vilhena, Menina veneno foi hit blockbuster que abriu caminho para as vendas milionárias do primeiro álbum solo do cantor, Voo de coração (1983), lançado na sequência e embalado pelo sucesso de outras parcerias do artista com Vilhena, sobretudo A vida tem dessas coisas, Casanova e Pelo interfone.

O segundo álbum, sintomaticamente intitulado ...E a vida continua..., saiu em 1984 e surtiu menor efeito comercial, apesar de ter emplacado alguns hits, como A mulher invisível (Ritchie, Bernardo Vilhena e Steve Hackett) e Só pra o vento (Ritchie), faixa que reverberou na trilha sonora da novela A gata comeu (TV Globo, 1985).

Com o sucesso diminuindo a cada disco, o terceiro álbum do cantor, Circular, foi lançado em 1985 sem nenhum hit. Só que o jogo virou quando em 1986, ano em que Ritchie assinou contrato com a gravadora Polygram, Ritchie gravou canção de Nico Rezende e Paulinho Lima, Transas, música mais tocada no Brasil naquele ano de 1986.

Melodista inspirado, como atestado na música-título do álbum Loucura & mágica (1987), Ritchie nunca mais teve depois de Transas o sucesso a que faz jus. Lançou poucos álbuns desde então – Pra ficar contigo (1988), Sexto sentido (1990), Auto-fidelidade (2002) e 60 (2012) – em discografia que foi ficando cada vez mais espaçada. Contudo, nada tira o lugar de Richard David Court na música pop brasileira dos anos 1980.