Guilherme Arantes revela a capa do álbum 'A desordem dos templários'

Guilherme Arantes revela a capa do álbum 'A desordem dos templários'

Daniel Miguez assina a arte da capa, tendo criado imagem épica que se expande pela contracapa das edições em LP e em CD – esta fabricada em formato digipack – do álbum, o primeiro de inéditas de Arantes desde Flores & cores (2017).

No disco A desordem dos templários, gravado em Ávila, município da Espanha onde o artista paulistano reside há três anos, Guilherme Arantes harmoniza em 12 canções o som progressivo do início da carreira – feito sobretudo quando integrou o grupo Moto Perpétuo entre 1973 e 1975, mas também em eventuais gravações da carreira solo iniciada em 1976 – e o pop romântico que o entronizou no panteão dos grandes compositores da música brasileira.

Precedido pelo single que apresentou em 16 de junho nova versão da balada Nossa imensidão a dois (Guilherme Arantes, 2018), o álbum A desordem dos templários apresenta músicas como A cordilheira, A razão maior, Estrela-mãe, Nenhum sinal do sol e Toda aflição do mundo, entre outras.

Capa da edição digital do álbum 'A desordem dos templários', de Guilherme Arantes

Arte de Daniel Miguez

♪ Eis a letra de A desordem dos templários, música-título do álbum que Guilherme Arantes lança pelo selo do artista, Coaxo do Sapo, com distribuição da Altafonte:

A desordem dos templários

(Guilherme Arantes)

“Como o Espírito da Luz

Poderá mover o pêndulo

Imerso em escuridão

Que balança entre as

Paredes da memória, traz

Os pomos da discórdia, faz

A voz calar nos ecos da prisão

Nas crianças um receio de crescer

Contaminar o céu

Da cápsula de um tempo sem rancor

Cada dia é uma batalha desigual

Em nome de uma paz

E tudo o que se entende por “normal”

É a bandeira incandescente da exclusão

Exércitos rivais

Disputam seus despojos ancestrais

São troféus de honras e glórias sem pudor

Vitórias sem perdão

Remorso já ficou pra trás.

É a desordem dos templários

Horda de mercenários

Dentro do coração

Na cabeça do poder

Tudo só faz conspirar

A Inquisição de crenças

Que virão nos condenar

Tudo é a lenda que se faz

Da treva que se vê

Na retina, a narrativa

Da verdade em que se crê.

É a desordem dos templários

Horda de mercenários

Dentro do coração

São botas de um milhão

Robôs em batalhão

Vindo pisotear o Santuário deste chão

Lagartas de metal

Pneus de caminhão

Vindo pra tatuar o Santuário deste chão

Em máscaras sem cor

Macabros carnavais

Hoje o estandarte do Arco Íris

Não se hasteia mais

Com sangue se pichou

Com ódio a cicatriz

Rasgou o punho cerrado

Que berrava num cartaz

...E agora tudo jaz

No pátio da Matrix

E o Cálix, que era bento,

Cai do altar na Catedral

No vórtex do tufão

No códice dual

A Lança do Destino

Crava o córtex cerebral

Mil línguas a clamar

Vendendo seus patuás

A profanar seus templos

Maldições de um avatar

Dividem mil nações

Em troca de orações

Em carruagens aladas

Despejando seus paióis

Cidade efervesceu

E em fogo celebrou

Na Pira Illuminati

E quando a cinza se aquietou

A noite desabou

E a alma desistiu

De Culpas e Pecados

A Escritura se cumpriu.

É a desordem dos templários

Horda de mercenários

Dentro do coração”