Rubel narra ato político em defesa da vacina em samba que alude à música composta por Sinhô em 1930

Rubel narra ato político em defesa da vacina em samba que alude à música composta por Sinhô em 1930

Tuberculoso, Sinhô sofreu hemoptise na balsa que o conduzia da Ilha do Governador ao centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Consta que, com o compositor, foram enterradas a partitura e a letra do samba para sempre perdido.

O título do samba que Rubel lança nesta quinta-feira, 8 de julho, O homem da injeção II, alude ao nome do samba de Sinhô. Contudo, a inspiração e a motivação do artista fluminense são outras.

Rubel compôs o samba baseado na história real de homem que ficou nu em praça pública da cidade do Rio de Janeiro (RJ) e subiu em estátua para, em ato político, exigir vacina contra covid-19 – cena registrada pela foto de Clarisse Tarran exposta na capa do single O homem da injeção II.

Capa do single 'O homem da injeção II', de Rubel

Clarisse Tarran / Divulgação

Rubel compôs a melodia de O homem da injeção II e convidou Breno Góes para escrever os versos descritivos da letra da música, gravada com cordas orquestradas pelo maestro Arthur Verocai e com metais arranjados pelo trombonista Antonio Neves.

Ao orquestrar a produção musical do single, Rubel arregimentou músicos habituados a tocar com bambas como Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. São os casos do violonista Carlinhos Sete Cordas, do cavaquinhista Mauro Diniz e dos percussionistas Esguleba e Jaguara.

Apresentado como “hino pró-vacina”, o single O homem da injeção II é a primeira música de tom político no cancioneiro de Rubel.