Reembarque de Kaio Moraes na prefeitura teve resistência do próprio ACM Neto

Reembarque de Kaio Moraes na prefeitura teve resistência do próprio ACM Neto

Mesmo não tendo substituído a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), na Secretaria de Governo (Segov), o ex-chefe de gabinete do ex-prefeito ACM Neto (DEM), Kaio Moraes, vai assumir a Secretaria de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro (leia mais aqui). No entanto, Neto se mostrou inicialmente resistente a "ceder" seu braço direito à gestão soteropolitana com receio de dar a entender que é ele quem dá as cartas no Palácio Thomé de Souza.

O Bahia Notícias apurou que um encontro entre Neto e Bruno na última quarta-feira (12), em Brasília, selou a volta de Kaio ao secretariado da prefeitura de Salvador. Contudo, a possibilidade já vinha sendo aventada nos bastidores pelo prefeito da capital.

Na conversa, chegou-se a conclusão que o embarque de Kaio no antigo cargo ocupado por Luiz Galvão na pasta - este foi exonerado após o rompimento entre o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), e Neto e, agora, integra a pasta federal (leia mais aqui) - pode ser benéfico para o projeto eleitoral do ex-prefeito de Salvador, que é virtual candidato ao governo da Bahia, e também para a avaliação da gestão de Bruno.

A avaliação é que Kaio tem um perfil semelhante ao de Galvão na articulação política junto a líderes comunitários, diferente de Humberto Viana, que ocupa o cargo atualmente e é reconhecido por características mais técnicas que políticas. Com isto, na visão dos democratas, haveria um ponto fundamental para difundir a popularidade de Bruno em diferentes locais de Salvador, o que, automaticamente, manteria o fortalecimento de Neto, seu antecessor e padrinho político.

Ainda de acordo com apuração do BN, outro fator que deixou o presidente do DEM receoso à princípio foi o fato de perder um dos principais auxiliares na construção da sua candidatura para o próximo ano. Nome de confiança de Neto, Kaio vem participando das agendas políticas realizadas pelo dirigente democrata desde que ele deixou o Palácio Thomé de Souza. Por conta disto, a tendência é que ele permaneça no posto apenas até o primeiro semestre do próximo ano, quando a campanha eleitoral deve começar a tomar corpo formalmente.