Em 'Thor: Amor e Trovão', Natalie Portman vira super-heroína com 'uma vulnerabilidade linda', diz Chris Hemsworth

Em 'Thor: Amor e Trovão', Natalie Portman vira super-heroína com 'uma vulnerabilidade linda', diz Chris Hemsworth
Em entrevista ao g1, ator fala sobre retorno da antiga colega como uma nova versão de Thor, a longevidade do personagem e a possibilidade de contracenar com Tom Hiddleston mais uma vez. Chris Hemsworth fala sobre 'Thor: Amor e Trovão'

Depois de três filmes com a presença do vilão favorito do público, o Loki de Tom Hiddleston, "Thor: Amor e Trovão" estreia nesta quinta-feira (7) no Brasil como a primeira aventura do herói sem seu irmão adotivo.

G1 já viu: 'Thor: Amor e Trovão' tem piadas de mais e sentimento de menos

Lista: Relembre os 29 filmes da Marvel e veja a posição de 'Amor e Trovão' no ranking

Para preencher uma ausência tão grande, a Marvel e o diretor/roteirista Taika Waititi buscaram na própria série e nos quadrinhos a solução e trouxeram de volta Natalie Portman após quase dez anos – com direito a músculos, capa e até o martelo mágico símbolo do protagonista.

No quarto filme do deus nórdico, a atriz continua a dar vida à doutora em astrofísica Jane Foster, mas, dessa vez, assume também a identidade da Poderosa Thor.

"Ela tinha uma vulnerabilidade linda na personagem. Nada do que eu a vi fazendo foi imitação das versões de outras pessoas. Ela manteve muito pessoal. Acho que isso que é tão especial na atuação dela. Há uma integridade tão grande, uma verdade", diz em entrevista ao g1 Chris Hemsworth, intérprete do herói desde 2011. Assista ao vídeo acima.

"Ter a Natalie como a Poderosa Thor realmente muda as coisas. E eu acho que foi inesperado. Para o meu personagem, para o público, e é sobre isso. Deixar as pessoas tentando adivinhar, sem saber o que vem."

Natalie Portman e Chris Hemsworth em cena de 'Thor: Amor e Trovão'

Divulgação

O Thor e a Thor

A transformação da personagem em uma nova Thor tem inspiração em uma série de histórias que fizeram sucesso nas HQs por volta de 2014.

Nos gibis, a personagem também tem câncer, o que faz com que cada transformação na heroína a deixe mais perto da morte (em uma lógica quadrinesca, a mudança elimina os efeitos da quimioterapia em seu corpo) e é central ao dilema da trama.

Estúdio e equipe do filme ainda fazem mistério se a doença dá as caras no roteiro, mas o resto segue a lógica.

Sempre que a doutora ergue o martelo mágico de seu ex-namorado, recebe os mesmo poderes do deus – e um uniforme radical junto.

Ao lado de um surpreso Thor original (Chris Hemsworth) e da agora rei de Asgard Valquíria (Tessa Thompson), ela tenta impedir que um assassino cósmico (Christian Bale) complete seu plano de matar todos os deuses do universo.

Christian Bale em cena de 'Thor: Amor e Trovão'

Divulgação

Imortal

Em 2019, muita gente achava que o Thor dos cinemas ia se aposentar ao lado daqueles que formam a "trindade" dos Vingadores. Afinal, "Ultimato" termina com o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) morto e o Capitão América (Chris Evans) muito muito velho depois de voltar no tempo.

Já o filho de Odin surpreendeu a todos ao subir em uma nave com os Guardiões da Galáxia em outra referência aos quadrinhos.

Sua permanência no universo cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês) foi confirmada alguns meses depois, com o anúncio de "Amor e Trovão" e o retorno de Waititi e Portman.

Fazia sentido. "Ragnarok" (2017), estreia do diretor no estúdio, conseguiu quase o dobro em bilheterias que o primeiro "Thor" (2011).

Mas, de acordo com o ator australiano de 38 anos, a busca por novos rumos para o personagem ajuda a sua longevidade.

Pom Klementieff, Chris Pratt e Chris Hemsworth em cena de 'Thor: Amor e Trovão'

Divulgação

"Acho que há que um esforço consciente para fazer algo diferente a cada vez. Acho que quando você fica complacente ou muito confortável, se torna previsível e muito familiar. Não estou falando que é isso o que os demais fizeram no Universo Marvel, mas é minha visão pessoal", diz Hemsworth.

"Se eu fosse adivinhar, eu diria que o fato de que Taika Waititi, e até os Russos (diretores dos dois últimos "Vingadores"), conseguiram introduzir algo muito diferente no personagem nesses últimos filmes. É um ótimo espaço para o crescimento e sempre teve um elemento de que há algo mais para contar no final da história. Não acho que alguma vez encerramos tudo e terminamos."

E, para quem sente falta do vilão regenerado/anti-herói interpretado por Hiddleston, o ator explica sua ausência – mas deixa um pouco de esperança para o futuro.

"O Loki morreu tantas vezes ao longo do Universo Marvel, e mesmo que esse filme seja uma comédia, seria um pouco engraçado demais se ele voltasse mais uma vez. Eu acho. Quero dizer, quem sabe? No Universo Marvel, ele continua voltando."

Tessa Thompson e Natalie Portman em cena de 'Thor: Amor e Trovão'

Divulgação