Alok faz espetáculo de luzes e tira parte das músicas em disputa com DJs americanos do Lolla

Alok faz espetáculo de luzes e tira parte das músicas em disputa com DJs americanos do Lolla
Brasileiro fez show com lições de vida, versões de hits pop e mãozinhas para cima ao som de 'Hear me now'. Não teve 'Un Ratito', com voz de Juliette, que faz parte de disputa com duo Sevenn. Alok no Lollapalooza 2022

Reprodução/Canal Bis

Alok fez uma balada caprichada no set de encerramento do palco eletrônico do Lollapalooza neste sábado. O show já começou com um discurso gravado exaltando as boas vibrações e e seguiu em clima de festa, paz e amor. O set foi cheio de fogos de artifício e, segundo ele, a maior quantidade de lasers já presente em um show.

Ele tirou do set parte das músicas que o duo americano Sevenn diz terem sido lançadas sem crédito nem pagamento em uma denúncia bombástica publicada pela revista 'Billboard' no começo desse ano, que Alok nega. Em um show do brasileiro na Romênia no fim de 2021 o início do show era todo com essas faixas em disputa. Agora esse trecho saiu.

Houveram trechos bem curtos de "Fuego", só com uma entrada do vocal sampleado de Rodrigo Amarante, assim como um pedaço de "Suave", com Matheus e Kauan e de "BYOB", remix do System of a Down.

Mas a grande ausência foi "Um Ratito", maior lançamento recente de Alok, com o vocal da ex-BBB Juliette (essa teve o crédito de coautoria do Sevenn, mas eles alegam que não houve autorização para o lançamento). A Justiça ainda analisa o caso. Em entrevista ao g1 logo antes do show, ele não quis falar sobre o assunto. Veja aqui os argumentos dos dois lados.

No finalzinho, ele anunciou uma homenagem "a uma das maiores bandas de rock" e tocou um remix de "Best of you", um dia após a morte do baterista Taylor Hawkins.

Ele também disse no final que estava gravando o show para um projeto documental e tocou trechos de faixas que ele está gravando com músicas indígenas.

A plateia estava animada, mas não lotada. Alok tinha concorrência pesada: ele tocou ao mesmo tempo de Miley Cyrus no palco principal.

O discurso tocado no início parece um texto de anúncio de celular ou de coach de autoajuda no Instagram, e promete "uma viagem para transformar sua vida", "nos conectarmos" e "eternizar esse momento". A multidão parece ansiosa para seguir esse mandamento.

O auge é nós assobios de "Hear me now", mas a animação segue durante todo o show, cheio de remixes de sucessos pop e de faixas de outros DJs, como "Titanium", de David Guetta, "Rhythm of the night", de Corona, "Sweet Dreams", do Eurythmics e um mashup de "What's going on" do 4Non Blondies, com "Praise you", do Fatboy Slim.

Teve até um trechinho do clássico dos sets de formatura "Psycho Killer", dos Talking Heads. Mais tarde entraram remixes de "Another brick in the wall part II", do Pink Floyd, e "Wonderwall", do Oasis, "Rolling in the deep" e "Set fire to the rain", de Adele, "Rude", hit de 2014 do Magic, e "Smells like teen spirit", do Nirvana.

"Goosebumps", do Travis Scott, "Industry baby", de Lil Nas X, e "Without me", do Eminem. Essas últimas, em sequência rap-EDM, foram um ponto alto na plateia.