Prefeitura de Salvador faz intervenção no Hospital Santa Clara após denúncias de falta de salário

O secretário municipal de saúde, Léo Prates, anunciou nesta quinta-feira (8), que a prefeitura fez intervenção no Hospital de Campanha Santa Clara, em Salvador, destinado para pacientes com Covid-19. A intervenção aconteceu após funcionários do hospital relatarem o não pagamento de salários. Com isso, a empresa Albatroz deixa de administrar o local.

De acordo com o secretário, a unidade não recebe mais pacientes com Covid-19, por meio da regulação estadual. Porém, a previsão é de que o hospital volte a receber pacientes na próxima segunda-feira (12).

“Notificamos o hospital por diversas vezes. Não havendo melhoras nos serviços, determinei junto com o prefeito a interação do serviço. Na última terça-feira, nós lançamos a licitação para a empresa gestora do hospital que deve ser concluída até sexta-feira”, relata.

Servidores que atuam no hospital relataram que estavam há mais de dois meses sem salário. De acordo com a empresa que administrava o local, não há atraso de salários dos empregados contratados pelo instituto, mas sim, de alguns prestadores de serviços que trabalham no hospital e que são contratados de empresas terceirizadas.

A empresa disse ainda que não tem vínculo com esses trabalhadores, mas que está fazendo o pagamento às empresas terceirizadas na mesma proporção do valor recebido da prefeitura de Salvador. Por fim, a empresa informou também ainda que, ao receber os recursos devidos já faturados, honrará com todos os compromissos assumidos.

Sobre os funcionários, Prates informou que parte do recurso destinado ao hospital está bloqueado para pagamento de salários.

“Quanto aos trabalhadores, estamos notificando os conselhos para fazer uma busca ativa de quem são os profissionais. Estamos pedindo apoio ao Ministério Público do Trabalho. Eu bloqueei cerca de 50% do pagamento do hospital, porque vamos garantir primeiro o pagamento dos trabalhadores”, disse o secretário.

Ainda segundo o secretário, apesar de receber pacientes com Covid-19 por meio da regulação estadual, o hospital pertence à iniciativa privada, mas a prefeitura comprou parte dos leitos para ofertar de forma gratuita.

“Esse hospital era sociedade privada, entrou no chamamento e nos ofertou leitos para que comprássemos, e aceitamos. Feito isso, nós tínhamos de dezembro pra cá uma razoável prestação de atendimento. A cerca de 10 a 15 dias, o hospital começou a ter problemas no funcionamento. Nós prontamente intensificamos a fiscalização, com o Ministério Público também”, esclarece.

Prefeitura de Salvador faz intervenção no Hospital Santa Clara após denúncias de falta de salário

Carol Garcia / GOVBA

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