Com a volta de shows, sertanejos retomam lançamentos e voltam a liderar paradas

Com a volta de shows, sertanejos retomam lançamentos e voltam a liderar paradas
Estilo tinha perdido a liderança quando a falta de shows travou mercado. Agora, Henrique & Juliano, Zé Neto & Cristiano dominam Spotify, mas forró de João Gomes ainda lidera no YouTube. Zé Neto e Cristiano, Gusttavo Lima e Henrique e Juliano voltam a dominar o top 10 de streaming no Brasil

Arte/G1

Com a volta gradual dos eventos pelo Brasil, os sertanejos retomaram o ritmo de lançamentos e recuperaram o espaço nas paradas que perderam no começo de 2021.

Henrique & Juliano têm a música mais tocada no Spotify no país, "Arranhão". Zé Neto & Cristiano têm o 4º e o 5º lugar, "Ela e ela" e "Você beberia ou não beberia?". No Top 10 atual há cinco faixas sertanejas (Luan Santana e Gusttavo Lima também aparecem). Em junho, eram só duas.

No YouTube, eles voltam a aparecer entre os três artistas mais tocados, espaço que tinham perdido de forma inédita em abril de 2021. Agora, Henrique & Juliano estão em 2º lugar e Gusttavo Lima aparece em 3º.

Mas o fenômeno da pisadinha segue forte: o forrozeiro João Gomes é o artista brasileiro mais tocado no YouTube. Já a faixa campeã do site de vídeos é um empate: "Revoada no colchão", parceria entre o sertanejo Zé Felipe um cantor que desponta na pisadinha, o paraibano Marcynho Sensação.

O g1 acompanha o impacto da pandemia no mercado musical brasileiro. Relembre os movimentos:

No início, as lives foram um fenômeno e os sertanejos bateram recordes de audiência.

Mas a renda das lives era bem menor que a dos shows presenciais. Sertanejos foram até pedir apoio financeiro em um almoço com Bolsonaro em janeiro de 2021

Enquanto isso, o forró pisadinha cresceu como fenômeno nacional, com uma produção ágil.

O funk também surfou na febre entre os adolescentes em casa: as dancinhas no TikTok.

Em abril de 2021, os sertanejos deixaram de aparecer no pódio do YouTube pela primeira vez desde que o ranking foi criado, em 2018.

O g1 discutiu o assunto e mostrou que o mercado sertanejo funciona com um circuito muito mais caro, que depende da receita de grandes shows.

Sem shows, não valia a pena investir em grandes lançamentos. Eles botaram o pé no freio. Wander Oliveira, maior empresário do setor, cravou para o g1 em junho que o ritmo seria retomado em quatro meses, mirando uma volta de eventos em setembro.

Ele acertou: no prazo previsto, os sertanejos voltaram com os lançamentos e, agora, conquistam lugares perdidos nas paradas.

Um bônus: a Workshow, maior escritório sertanejo de Goiânia, "importou" um cantor de forró de Recife e trocou até seu nome. Hoje, John Amplificado, o primeiro astro da pisadinha gerado por uma empresa sertaneja, também já é um dos artistas mais tocados do Brasil.

Entenda por que o sertanejo saiu do pódio