Bellintani reclama da falta do Fair Play financeiro na Série A: 'Assunto foi esquecido'

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, utilizou o Twitter na noite desta quinta-feira (25) para se manifestar sobre o seu voto contra o limite de técnicos na Série A de 2021. Segundo o mandatário, o principal motivo foi a falta de debate sobre o Fair Play financeiro, medida que busca limitar o investimento dos clubes ao que eles podem gastar.

"Na reunião do Conselho Arbitral de 2020, o Bahia já havia lamentado a lentidão prevista para aplicação das penas no projeto brasileiro. Ainda assim, tínhamos esperança que em 2021 fossem iniciadas as punições aos clubes que colocam em campo times que não podem bancar. Para nossa surpresa, o assunto foi 'esquecido' em 2021. As penas previstas, que já eram brandas, simplesmente foram desconsideradas e a implantação real do projeto seguirá indefinida. 'Podem contratar e não pagar', é a mensagem perpetuada por mais uma temporada", escreveu.

Ainda de acordo com Bellintani, o limite na troca de treinadores é uma medida "bonitinha, mas pouco transformadora". Pela falta de um controle financeiro, o dirigente disse ser contra a limitação de contratações para o comando técnico.

"Ora, se não haverá punição aos clubes que gastam mais do que arrecadam, se todo mundo pode continuar dando calote, se insistiremos em adiar mudanças realmente estruturantes, não venham controlar quantos treinadores eu devo ou não devo contratar em um campeonato", indicou.

Na última quarta (24), os clubes aprovaram por 11 a 9 a limitação de troca de treinadores. Bahia Grêmio, Juventude, Ceará, Fortaleza, Athletico-PR, Flamengo, Atlético-GO e Cuiabá se mostraram desfavoráveis. Por outro lado, Atlético-MG, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Internacional, Chapecoense, Sport, América-MG, Fluminense, Santos e Bragantino.

No último Campeonato Brasileiro, o Bahia teve três treinadores: Roger Machado, Mano Menezes e Dado Cavalcanti. O interino Cláudio Prates também comandou o Tricolor em algumas partidas.