Você escuta o que você ouve?

Você escuta o que você ouve?

Se você é da época em que os artistas não misturavam ritmos e não se arriscavam em experimentar outras batidas, deve estar achando tudo muito doido, né? Realmente fica estranho, quando se constrói uma identidade musical padrão, onde o artista é batizado, e dali ele não pode mudar ou sequer cantar outro estilo de música. Isso acontecia, no famoso passado chamado de antigamente. Hoje em dia a realidade é outra.

É Arrocha sendo Sertanejo. É Forró cantando Funk. É Pagode fazendo Hip hop. É o Pop resgatando Tecnobrega. E por aí vai. São experimentos, e como tal, podem ou não agradar. É um risco. Mas para alguns artistas é até uma virada de chave definitiva.

Mas será que essa mudança é só vontade mesmo de curtir outros ritmos, ou o que importa é surfar na onda do momento? Porque as cartas são dadas pelo público, que cada vez mais rápido se cansa, necessita de novidades e vai determinando o que é sucesso. E o artista busca sempre o quê? Pois bem, é um novo ciclo, que nem todos, lógico, se enquadram, mas os que estão nele devem saber a dor e a delícia do que é.