Mulher busca ajuda da Defensoria para fazer investigação de maternidade

Mulher busca ajuda da Defensoria para fazer investigação de maternidade
Uma mulher de Lamarão, na região sisaleira, buscou ajuda da Defensoria Pública da Bahia na última terça-feira (22) para investigação de maternidade. Suze Pinto Borges, de 38 anos, tem apenas o nome do pai em seu registro de nascimento.

A solicitação foi feita, pois, ao nascer, a assistida relata que foi registrada pelo pai, porém, no local da filiação materna, o nome da mãe biológica foi substituído pelo nome da irmã.

"Desde criança eu soube que o nome estava trocado em meu documento e minha mãe [biológica] sempre me dizia também. Quero ter o nome certo na minha certidão, porque além de ser o verdadeiro, isso [a troca] pode me prejudicar lá na frente. Eu já tinha tentado fazer a mudança junto a um advogado daqui, mas não consegui e fiquei desanimada", explicou

Ao saber da presença da Unidade Móvel e confirmar que seria possível fazer o exame de DNA para investigação de maternidade, Suze não hesitou e foi buscar Maria Pereira da Silva, 60 anos, a quem chama de mãe biológica, para a coleta do material. Por sua vez, Maria explica que o esposo faleceu há mais de 20 anos. Com ele, teve 16 filhos e as quatro últimas filhas, Suze inclusive, foram registradas com o nome de uma das irmãs. A idosa lamenta o fato de não poder ter trazido as demais filhas para fazer o exame de DNA para investigação de maternidade. Ao mesmo tempo, ficou muito feliz por já ter dado os passos iniciais para a primeira mudança.

"Solicitações de exame de DNA para investigação de maternidade são pouco comuns tanto na Unidade Móvel quanto no dia a dia da Defensoria da Bahia. Neste caso, apesar de já haver um nome no registro, foi necessário fazer o exame para comprovar a troca e, com o laudo, facilitar a propositura da ação de investigação de maternidade", explicou a coordenadora da Unidade Móvel, Cristina Ulm.

A ida da Unidade Móvel da Defensoria foi solicitada pela prefeitura de Lamarão e articulada junto à Secretaria de Assistência Social, a qual mobilizou a população da zona urbana e rural. No município, houve atendimentos na área de família - pensão alimentícia, divórcio, partilha de bens - com exames de DNA para reconhecimento de paternidade e investigação de maternidade; na área de consumidor, fazenda pública, entre outros.