Abrasel acusa prefeitura de Salvador de não cumprir com acordo para bares fecharem às 22h

Abrasel acusa prefeitura de Salvador de não cumprir com acordo para bares fecharem às 22h

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - Seccional Bahia (Abrasel-BA) criticou o início da fase amarela em Salvador, anunciado na última terça-feira (11) pela prefeitura. Em nota enviada na última quarta (12) à imprensa, a entidade criticou a gestão do prefeito Bruno Reis (DEM).

Segundo a associação, a prefeitura teria cumprido um acordo para liberar o funcionamento de bares e restaurantes até às 23h - com as mudanças, os estabelecimentos têm permissão para funcionar até 21h30, uma vez que o toque de recolher começa às 22h.

"As demais atividades empresariais estão sendo contempladas com horários livres, ou adequados a sua forma de funcionamento, respeitando os hábitos de consumo e de comercialização", reclama a Abrasel.

"Nossa atividade consiste em alimentar pessoas, que seguem comportamentos de consumo em função de seus hábitos e necessidades fisiológicas, portanto não submetidas a decretos que desrespeitem esses princípios básicos", acrescenta.

"O horário de funcionamento como está, na prática impõe aos bares e restaurantes apenas 04 (quatro) horas diárias efetivas de funcionamento. Desrespeitando todo investimento em pessoas e estrutura de atendimento, para no mínimo o dobro de horas. E assim limitando enormemente nosso direito de trabalhar, e manter o emprego e renda de milhares de pessoas. Assim, enquanto todas as atividades funcionam efetivamente por um período de 8 a 10h diárias, somos penalizados a trabalhar efetivamente durante apenas metade deste período", diz em outro trecho.

Por conta disto, a associação pediu a Bruno Reis e ao governador Rui Costa (PT) "a revisão imediata do horário imposto pelo toque de recolher" - a entidade pede que a medida se inicie apenas à 00h. "Temos a convicção de que a ampliação do horário de funcionamento em 02 (duas) horas, aliado ao respeito de todos os protocolos de segurança adotados desde março de 2020, trará benefícios a todos no enfrentamento e combate à pandemia. Assim como ocorreu em agosto de 2020, quando a atividade de bares e restaurantes foi liberada, e os números da pandemia continuaram em declínio", reclama a nota, em outro trecho.