O Poeta anuncia novidades pro Salvador Fest e esclarece publicação sobre encerrar carreira

O Poeta anuncia novidades pro Salvador Fest e esclarece publicação sobre encerrar carreira
Na cena do pagode há apenas 5 anos, o cantor John Ferreira, "O Poeta", é considerado um dos maiores nomes do pagode baiano da atualidade. Dono dos sucessos "Bunda No Paredão", "10 e a Faixa" e "Ela Gosta do Preto", o artista está entre as atrações mais esperadas do palco Pagotrap, no Salvador Fest.

Em entrevista ao Bahia Notícia, John disse que considera o festival, que reúne diversos artistas da Bahia e de outros estados, um dos eventos mais importantes da capital baiana. "O Salvador Fest para mim em especial é como um futebol, o campeonato brasileiro, o mundial de clubes...A gente divide essas festas importantes como um campeonato. E para mim, o Salvador Fest é como se fosse uma libertadores. É meio que uma preparação para o Carnaval. Vou aproveitar a estrutura do evento, aumentar o balé e vou gravar todos os momentos do show, transmitir online, fazer um semi-DVD", revelou o artista.

Foi neste evento, em 2019, que ele gravou o seu primeiro DVD. No mesmo ano, O Poeta fez sua primeira participação no Carnaval de Salvador e, um ano depois, ele estreou no comando de um trio na folia. "Foi uma experiência magnífica. Só de lembrar que minha família sempre trabalhou no carnaval vendendo cerveja, churrasquinho, e em todos os carnavais eu ajudei a minha família no comércio... Eu sempre via os trios passando, me imaginando um dia estar lá em cima. Ter esse sonho realizado é muito bom".

NOVOS HORIZONTES

Apesar de ser amante do pagodão, John contou ao BN que cogita a possibilidade de lançar músicas em outros estilos musicais: "Eu não penso em mudar de gênero, sair do pagode, mas sim de fazer outras coisas. Não é porque a gente canta pagode que fica impossibilitado de cantar outros gêneros. Tenho muita coisa planejada para fazer".

"Eu estou para lançar um feat gospel com um amigo que é nascido e criado comigo. Ele é evangélico, me fez o convite e eu aceitei", revelou O Poeta. A música já está pronta, no entanto, ainda não há uma data prevista para o lançamento.

Ainda durante o bate-papo, o pagodeiro falou sobre a necessidade de cantar músicas que falam sobre sexualidade. "As pessoas cobram bastante para a gente voltar a fazer aquilo que a gente sempre fez, para não perder nossa essência. Então, para gente manter esse público, continuamos fazendo a famosa putaria, só que de uma forma mais leve. Talvez algumas pessoas ainda continuem achando um pouco pesado".

PAUSA NA CARREIRA

John Ferreira tem apenas cinco anos como cantor profissional, mas já pensa em dar uma pausa na carreira daqui a 4 ou 5 anos. O anúncio foi feito em junho deste ano nas redes sociais do cantor (relembre aqui).

"Quando eu fiz essa publicação eu estava meio zangado. Talvez eu não tenha colocado as palavras da forma correta que eu deveria colocar. Realmente, eu tenho um plano para daqui a quatro, cinco anos, quando terminar meu contrato atual: eu vou investir em mim mesmo como empresário, ter estúdio, ter músicos que eu possa gerenciar a carreira deles", afirma o cantor.

"A gente vai chegando em uma certa idade e não quer mais ter que ficar fazendo shows, perdendo noites. A gente precisa de um descanso para cuidar da família, do pessoal. Acredito que com 35, 36 anos, já está chegando a minha idade de ficar nos bastidores", completa o artista.

No entanto, O Poeta ressalta que os planos de abandonar os palcos podem ser adiados, caso haja uma mudança no necessário do gênero musical. "O pagode hoje vive de shows, não é como os outros artistas que vivem de streaming. Então eles tocam quando quer, curtem com a família...Toda semana, desde que eu iniciei minha carreira, a gente está sempre tocando e acaba sendo desgastante. Eu pretendo futuramente estar fazendo menos shows...Se tudo der certo, o cachê vai ter melhorado e eu não vou ter essa necessidade de tocar tanto", completa.

Até lá, John deseja realizar muitos planos e sonhos, como conquistar o sucesso nacional. "Eu quero ter um perfil de chegar no programa do Faustão, no Raul Gil e apresentar o pagode da Bahia, se Deus quiser. Vou me performando para me tornar um artista a nível dos grandes que nos representam. [...] O pagode tem um processo inicial em que o artista precisa aparecer a qualquer custo. Aí depois que ele aparece, se molda com uma identidade mais própria", concluiu o pagodeiro.