Lauro: Morador de condomínio ameaça porteiro com arma após achar que teve celular furtado

Lauro: Morador de condomínio ameaça porteiro com arma após achar que teve celular furtado
Morador de um condomínio de luxo no município de Lauro de Freitas, identificado como Daniel Paiva, está sendo investigado pela polícia após ameaçar o porteiro Laércio Moreira, e acusar o homem de furtar seu celular. Segundo o g1, o caso aconteceu no dia 17 de agosto, e além das agressões o morador portava uma arma. Câmeras de segurança mostraram que a vítima não pegou o aparelho.

Laércio conta que após o morador entrar no local e o cumprimentar, voltou minutos depois, com uma arma, acusando o porteiro de ter furtado seu celular. Laércio então acionou o síndico, que foi até o local e apresentou as gravações para o morador, comprovando que o porteiro não havia pegado o celular. "O síndico subiu e mostrou as imagens a ele. Ele viu que estava errado, me pediu desculpa na presença do síndico, e perguntou a mim o que ele podia fazer para que eu o desculpasse. O síndico queria que eu terminasse o plantão, eu falei que não tinha condição", diz o porteiro.

A Polícia Militar foi acionada, mas por não haver mais o flagrante, o homem não foi preso. Laércio diz que está traumatizado. "Eu não durmo direito, estou sendo acompanhado pelo psicólogo e tomando remédio", afirma.

De acordo com o g1, o morador do condomínio não quis gravar entrevista, mas reconheceu que sua reação foi errada e disse que tentou "aplicar um susto para recuperar o aparelho". O homem também afirmou que a arma é registrada, que estava sem munição, e detalhou que encontrou o aparelho caído no canto do banco do carro. A ocorrência foi registrada na delegacia e a previsão é de que o acusado só preste depoimento em dezembro.

"A gente entrou com uma representação criminal, como também pedimos algumas medidas cautelares, entre elas o recolhimento da arma, já que ele demonstra estar armado. Não sabemos se a arma é legal ou não. Queremos que essa arma seja apresentada em juízo e recolhida, como também pedimos ao magistrado uma medida cautelar para que o senhor Daniel Paiva fique afastado do senhor Laércio", explicou a advogada da vítima, Mariana de Oliveira.

Com o trauma gerado pela violência que sofreu Laércio, está de licença médica de 30 dias, afastado do trabalho por um psiquiatra. "Não tenho como voltar. Se tem um morador lá que me ameaçou, ameaçou tirar minha vida a troco de nada. Ele me pediu desculpas como se fosse tirar a vida de um animal. Para ele foi normal".