Joss Stone canta para 4 mil pessoas em show à vontade e cheio de improviso em SP

Joss Stone canta para 4 mil pessoas em show à vontade e cheio de improviso em SP
Cantora inglesa deixou setlist de lado e atendeu pedidos do público acompanhada por sua competente banda. Céu fez abertura do show nesta quarta (1º), após KT Tunstall cancelar vinda. O tempo passa, mas a voz de Joss Stone segue impactante. Em 2023, ela vai completar 20 anos de carreira, mas os agudos e as brincadeiras típicas do soul que a tornaram uma estrela continuam chamando atenção.

Pensando em hits, há uma grande dificuldade de emplacar sucessos tão expressivos como "Super Duper Love", do começo da carreira, mas o que a cantora inglesa faz no palco não é brincadeira.

Descalça como de costume, Joss subiu ao palco do Espaço Unimed, nesta quarta (1°), soltinha e feliz para cantar para 4 mil pessoas.

Céu fez a abertura com apresentação do álbum "Um Gosto de Sol", após KT Tunstall cancelar a vinda de última hora por questões de saúde.

Joss Stone em São Paulo

Rafael Strabelli/Espaço Unimed

Joss já esteve no Brasil outras cinco vezes e para shows muito maiores, como no Rock in Rio 2011, mas o público menor não parecia ser nenhum problema.

Logo depois de abrir com "Free Me", Joss olhava para o público como se custasse a acreditar que estava todo mundo ali. Efeito da pandemia ou um charminho para conquistar ainda mais a galera?

A turnê é do oitavo álbum de estúdio, "Never Forget My Love", com músicas mais românticas, lançado em fevereiro, e ela leva a sério a missão de mostrar as novas músicas.

Depois de cantar a faixa-título, a inglesa brinca com o público: "Vocês ouviram o álbum? Que fofos!".

"Oh to Be Loved by you" é outra da nova leva e é dedicada ao namorado Cody DaLuz, que é músico e ex-militar norte-americano. Eles tiveram a primeira filha, Violet, há um ano.

Improvisos e descontração

Joss Stone improvisa para atender pedidos de fãs em show em São Paulo

Rafael Strabelli /Espaço Unimed

À vontade, Joss toma um cházinho como boa inglesa que é, enquanto conversa com o público entre uma música e outra.

É nesse clima que começam a surgir os pedidos da plateia, como "Teardrops", do álbum "The Soul Sessions. Vol 2", de 2012.

"Eu não lembrava uma única palavra hoje dessa música, mas a gente pode tentar... Se der errado, tudo bem, é a vida", diz com tranquilidade.

Ela pede ajuda para a galera e, com o primeiro verso, lembra de tudo e canta como se a música nunca tivesse saído do setlist.

É nítido que Joss está feliz e curtindo, tanto que muda a ordem do repertório e não se importa em dizer que vai combinar "a próxima" com os músicos na hora.

Joss Stone em show em São Paulo nesta quarta (1º)

Rafael Strabelli /Espaço Unimed

"The Love We Had", do mesmo álbum, é outro pedido que Joss atende prontamente, mas dessa vez à capella e mostra, mais uma vez, como canta bem.

Depois, ela volta a olhar para o setlist e vai tirando o que estava programado. "Huum, vocês não precisam dessa, nem dessa", diz até atacar com "Super Duper Love", seu maior sucesso.

Ela ainda faz o medley de soul com "Midnight Train", "Say a Little Player" e "Man's World", outro momento em que a banda se destaca, e termina, no bis, com "You Had Me", "Music" e "Right To Be Wrong".

Radiante é uma palavra boa para definir o estado que Joss deixou o palco nesta quarta.