Luiz Ayrão, compositor da Jovem Guarda convertido ao samba, festeja 80 anos de olho na Copa de 2022

Luiz Ayrão, compositor da Jovem Guarda convertido ao samba, festeja 80 anos de olho na Copa de 2022
? MEMÓRIA – Cantor e compositor carioca nascido em 19 de janeiro de 1942, no mesmo dia em que Nara Leão (1942 – 1989) veio ao mundo, Luiz Gonzaga Kedi Ayrão chega aos 80 anos ainda dentro de campo, já de olho no lance da Copa do Mundo de 2022.

Com a esperança de marcar outro gol, como o feito há 40 anos com o arremesso do samba Meu canarinho (Luiz Ayrão e Sidney Conceição) na Copa de 1982, o cantor planeja lançar tema composto para incentivar a Seleção Brasileira nos jogos que serão disputados entre novembro e dezembro no Qatar.

Se o lance der certo, será mais uma vitória na trajetória deste artista projetado primeiramente como compositor com as gravações, por Roberto Carlos, de duas músicas da lavra de Ayrão, Nossa canção (1966) e Ciúme de você (1968).

Compositor da Jovem Guarda que se converteu ao samba a partir dos anos 1970, década em que emplacou sucessos autorais como Porta aberta (inebriante louvação da Portela feita em 1973) e a machista Bola dividida (1975), Ayrão enveredou pelo samba-enredo com Mulher à brasileira, composto em 1977 para a Portela, mas não escolhido pela escola para o Carnaval de 1978.

O samba de Ayrão perdeu a disputa, mas o cantor ganhou em 1977 um grande sucesso, Os amantes (Sidney da Conceição, Lourenço e Augusto César), balada de linha romântica seguida pelo artista no sucesso posterior A saudade que ficou (O lencinho), samba composto por Ayrão com Elzo Augusto e lançado pelo cantor em 1979 no álbum Amigos.

A bem-sucedida passagem do artista pela gravadora Odeon, na década que foi de 1973 a 1983, foi encerrada melancolicamente com a edição do álbum Quem não tem esperança não tem horizonte. Desde então, a carreira fonográfica de Ayrão perdeu impulso e regularidade.

Contudo, o cantor e compositor jamais saiu do campo da música, festejando hoje 80 anos de olho em futuros lances.